Bailarina

Queria mesmo era ser
como a bailarina
Que mesmo diante de tanta adversidade
Transparece graciosidade

Ela sente dor,
mas esbanja
o amor

São dadas como frágeis
Ou será que quem disse isso errou…
E quis dizer ÁGEIS

Talvez você não veja
Mas bailarinas são seres tão fortes
Ela busca superar a si todos dias
Não é fácil, mas ela consegue

Seus movimentos são tão lindos
Produzidos com tanta emoção
Provenientes de muita superação

Usando a pontinha do pé
Ela é capaz de nos encantar com a sua arte.

Créditos: @andrianna0502
@nika_ritshel @inna_artmakeup

1° de setembro – dia da bailarina

O Ballet sempre foi uma paixão para mim, talvez até mais do que isso: um sonho! Meu grande sonho sempre foi ser bailarina, e dançar ao som de uma linda melodia. SEMPRE.

A dança está presente na minha vida desde pequena. Ao assistir um desenho animado, não me continha quando passava a abertura, e dançava. Os domingos costumavam ser animados, pois tinha Faustão, então eu imitava as bailarinas. Confesso que Calypso era algo que eu amava, não podia tocar que eu já estava dançando, pois ver a Joelma dançar fazia com que eu desejasse ainda mais aquilo. Depois a minha deusa se tornou a Shakira, eu e as minhas primas ficávamos escutando o CD dela e dançando. Nos festivais escolares, eu costumava ser a responsável por montar a coreografia e ensaiar as meninas, e eu simplesmente amava aquilo. A escola e a dança possuíam um elo.  

Infelizmente, embora eu dançasse, eu ainda não fazia o que eu queria: o ballet. Eu não entrei em uma escola quando eu era pequena, então convivi com as pessoas falando asneiras o tempo inteiro. Eles disseram, quando eu ainda era uma criança que “seu corpo já é duro, não tem como você fazer”, e eu achei que fosse verdade, e carreguei isso comigo. Acredito que o motivo nunca foi o meu corpo, por mais que eu não seja uma pessoa com flexibilidade. O grande problema é que elitizam a arte, acreditam que a arte é apenas para os escolhidos, para quem pode. Dessa forma, sempre tentam deixá-la longe de nós. 

Então eu parei de dançar, deixei um pouco de mim morrer. Eu preferi acreditar nos outros, e renunciar a mim mesma. Aos 15 anos eu tentei entrar em um curso, mas a moça falou que as aulas eram apenas para as menores. Algum tempo depois, eu mudei de cidade. De repente, comecei a vislumbrar inúmeras escolas de ballet pelas as ruas que eu passava. Shakespeare nos disse “duvide até da verdade”, então comecei a me questionar se realmente era tarde para começar a dançar ballet. Dei um “Google” e descobri que isso era um mito, não há idade para se iniciar o ballet, algumas começam com 15, outras, 30. Dizer que “nunca é tarde demais” parece o maior clichê que existe, embora possa soar utópico, é uma grande verdade, que costumamos negar. 

Uma coisa estava decidida: eu começaria a fazer ballet. Com a minha mãe ao meu lado, consegui realizar esse sonho. Além disso, descobri que sonhos não morrem, eles sempre habitam um pedacinho de nós, e quando se realizam, eles evoluem. Se meu sonho era fazer ballet, eu consegui, agora meu sonho é dançar graciosamente em um teatro por aí.